Venezuelanos no Brasil marcam manifestações e pedem reconsideração do TSE
Venezuelanos que vivem no Brasil agendaram manifestações em apoio ao candidato de oposição, Edmundo González Urrutia, e a líder da oposição, María Corina Machado, em 35 cidades do país neste domingo, 28 (foto). Em todo o mundo, haverá mobilizações em 90 cidades.
Nesta sexta, 26, a Rede de Organizações da Sociedade Civil Lideradas por Pessoas Migrantes e Refugiadas Venezuelanas no Brasil enviou uma carta para a presidente do Tribunal Superior Eleitoral, TSE, Cármen Lúcia, solicitando que a Corte reconsidere a decisão de não enviar observadores para a Venezuela.
Para os venezuelanos que sonham com a volta da democracia, quanto mais observadores internacionais acompanharem o pleito, menor a chance de o ditador Nicolás Maduro conseguir fraudar o resultado.
“Os recentes comentários desrespeitosos do presidente Nicolás Maduro não refletem, de forma alguma, o sentimento da maioria dos venezuelanos. Nós, como povo, temos um profundo respeito pelas instituições brasileiras e pela sua tradição democrática exemplar”, diz a carta das organizações venezuelanas. “Os vínculos históricos e culturais que unem nossas nações foram significativamente reforçados pelo acolhimento generoso que o Brasil tem oferecido aos migrantes venezuelanos nos últimos anos. Sentimo-nos parte integrante da sociedade brasileira, reconhecendo e valorizando o apoio e a solidariedade que temos recebido.”
Segue a carta: “A presença de uma comissão técnica do Tribunal Superior Eleitoral do Brasil seria de imensa importância para garantir a transparência e a lisura do processo eleitoral em nosso país. A confiança em nossas instituições eleitorais pode ser grandemente fortalecida com o apoio e a expertise da equipe técnica brasileira. Diante do exposto, solicitamos humildemente que Vossa Excelência reconsidere a decisão tomada, permitindo assim o envio da comissão técnica. Tal gesto representará um marco de solidariedade e cooperação internacional, além de contribuir para o fortalecimento dos processos democráticos em nosso país“.
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