Família de empresário que morreu após peeling de fenol pede prisão de influencer – Jovem Pan
Em nota divulgada à imprensa, a família de Henrique Chagas, que morreu após a aplicação do peeling de fenol, pediu resposta rápida da justiça, já que laudos foram conclusivos: ”Só vieram [os laudos] a corroborar que Henrique da Silva Chagas foi assassinado por Natalia Fabiana de Freitas Antonio – Natalia Becker, que causou-lhe a morte de maneira extremamente cruel, uma vez que ele teve diversos órgãos internos corroídos pelo ácido fenol, tais como pulmões, fígado, baço, rins, laringe e cordas vogais”. Divulgado na última quarta (17), a prova técnica (laudo do Instituto Médico Legal) apontou que o rapaz de 27 anos morreu por uma “parada cardiorrespiratória” causada por um “edema pulmonar agudo” ao inalar fenol, o que ”resultou em modificações na epiglote, laringe, traqueia e pulmões, levando a um edema pulmonar agudo”, que causou seu falecimento.
Os danos também afetaram significativamente a função respiratória. Para Carlos Kauffmann, advogado criminalista e professor de processo penal da PUC/SP, “o laudo pericial, prova técnica, demonstra que a morte se deu em decorrência do procedimento realizado, o que vincula a autora”. Natalia Becker, responsável pela aplicação do produto, foi indiciada por homicídio por dolo eventual, quando se assume o risco de morte. Ela não tinha autorização para realizar o procedimento. Em 25 de junho, a Anvisa emitiu uma resolução que veda a importação, fabricação, manipulação, comercialização, propaganda e uso de produtos contendo fenol, tanto em procedimentos de saúde em geral quanto estéticos.
Siga o canal da Jovem Pan News e receba as principais notícias no seu WhatsApp!
De acordo com o órgão regulador, a medida se baseia na ausência de estudos que comprovem a eficácia e segurança do fenol para tais procedimentos. O caso segue em investigação pelo 27º Distrito Policial em São Paulo e o laudo será incluído na apuração. Em nota, a advogada Tatiane Forte, que representa Natalia Becker, disse que peritos contratados pela defesa “estão analisando os laudos e a análise é exclusivamente técnica” e que “pela simples leitura do laudo, não há prova de causa ou responsabilidade relacionada à Natália”.