Brasília é melhor capital para se viver; Porto Velho, a pior
Índice analisa qualidade de vida em todas as cidades brasileiras; Sudeste concentra maiores pontuações do top 20
Brasília é a capital com a maior qualidade de vida no Brasil. A cidade está no topo em condições de saneamento básico, segurança pessoal, saúde, educação e moradia em todo o país. O dado é de levantamento deste ano do IPS Brasil, instituto que mede o índice de progresso social de municípios.
A capital nacional é seguida por Goiânia (GO), Belo Horizonte (MG), Florianópolis (SC) e Curitiba (PR). Na outra ponta, estão Porto Velho (RO), Macapá (AP), Maceió (AL), Belém (PA) e Rio Branco (AC) com os piores números. Eis a íntegra do levantamento (PDF – 13 MB).
A qualidade de vida nas cidades é medida por meio de fatores sociais e ambientais. Não considera indicadores econômicos. De acordo com o IPS, são analisados os resultados de iniciativas para o desenvolvimento, como investimentos e políticas públicas.
São considerados 3 aspectos:
- necessidades humanas básicas – cuidados médicos básicos, saneamento, moradia e segurança pessoal;
- fundamentos do bem-estar – acesso a conhecimento, informação, saúde e qualidade do meio ambiente;
- oportunidades – direitos individuais, inclusão social e acesso à educação superior.
Gavião Peixoto, na região central do Estado de São Paulo, é a cidade que melhor atende seus cidadãos nessas dimensões, segundo o levantamento. Teve a pontuação máxima de 74,49. O município tem 4.702 habitantes e PIB per capita de R$ 244.615,79, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Brasília e Goiânia são as únicas capitais dentre as 20 melhores cidades.
De forma geral, o Sudeste concentra os melhores índices socioambientais, especialmente São Paulo. Fora da região, há só 4 municípios, 2 do Centro-Oeste e 2 do Sul, no top 20 do ranking.
Na lanterna, com a pior pontuação do Brasil inteiro, está Uiramutã, no extremo norte de Roraima. Fica na fronteira tríplice com Guiana e Venezuela. Teve a menor pontuação: 37,63.
O município tem 13.751 habitantes e PIB per capita de R$ 13.069,3, conforme o IBGE.
O Norte do Brasil concentra a grande maioria dos 20 municípios com pior qualidade de vida.
O monitoramento avaliou 5.570 cidades. Não considera Boa Esperança do Norte (MT), emancipada em em 2023.
A pontuação média do país foi de 61,83. Das 27 capitais brasileiras, Macapá e Porto Velho pontuam abaixo disso. Mas 76% de todo o Brasil, 4.276 cidades, têm pontuação inferior.