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Bebê morre nos braços da mãe após sair de UPA duas vezes em 72 horas

Bebê morre nos braços da mãe após sair de UPA duas vezes em 72 horas

São Paulo – Um bebê de um ano e seis meses morreu nos braços da mãe no último domingo (14/7) depois de ser liberado duas vezes da Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de Mococa, no interior de São Paulo.

Camila Souza procurou atendimento médico para o filho, Theo, na sexta-feira (12/7) e no domingo (14/7) após o filho ter dor na garganta, falta de apetite e fraqueza.

Na primeira visita ao hospital, na sexta, o médico plantonista diagnosticou a criança com estomatite e a medicou. No sábado, o bebê continuava amuado, mas a mãe optou por não levá-lo à UPA já que o médico tinha dito que o caso era viral e que iria melhorar.

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O bebê Theo Souza, que morreu em UPA na cidade de Mococa

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O bebê Theo Souza, que morreu em UPA na cidade de Mococa

Arquivo pessoal

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O bebê Theo Souza, que morreu em UPA na cidade de Mococa

Arquivo pessoal

Como Theo não se alimentava e estava fraca, a mãe voltou à UPA no domingo. O médico de plantão pediu um raio-x e viu que a criança estava com secreções no pulmão. Ele receitou um antibiótico.

A mãe disse ao profissional que o menino estava gelado e ele respondeu que era apenas para colocar uma blusa na criança, que ela estava com frio. Camila pediu para dar um soro ou um antibiótico para o bebê, o que foi negado pelo médico.

Ela e a criança foram liberadas pela UPA e, enquanto Camila esperava a irmã para uma carona, o menino morreu. A mãe voltou para o hospital para tentar reanimar Theo, mas o procedimento não teve sucesso.

“Como que o meu filho tem diagnóstico de estomatite na sexta, no domingo passa por atendimento, porque a gente vai no médico porque precisa, porque a criança não tá bem, e um médico que não tem a mínima vontade de atender uma criança, uma vida, não dá a atenção necessária. E meu filho morre após 40 minutos de atendimento”, disse a mãe ao portal G1.

“Ele [médico] fez a receita e meio que debochou da minha cara dizendo que o médico era ele e que era aquele o remédio que ele tinha que tomar. Se ele tivesse me ouvido, ouvido todas as queixas que eu disse, poderia ter evitado a morte do meu filho”, completou Camila.

O corpo de Theo Souza foi encaminhado para autópsia e o resultado com a causa da morte deve sair em 30 dias.

Em nota, a Prefeitura de Mococa lamentou a morte e disse que o “atendimento clínico foi prestado, inclusive com a realização de exame e prescrição de medicamentos pelos profissionais que atenderam o paciente”.

“A Secretaria de Saúde lamenta o ocorrido, rogando a Deus o conforto aos familiares. Os fatos ocorridos estão sendo apurados com muita responsabilidade e respeito à dor dos familiares. O material biológico colhido durante a necropsia será encaminhado para investigação das possíveis causas da infecção que resultaram, lamentavelmente, o óbito. O atendimento clínico foi prestado, inclusive com a realização de exame e prescrição de medicamentos pelos profissionais que atenderam o paciente. Toda a evolução clínica está devidamente documentada nos prontuários”.





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