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Suspeito de estelionato em rifas virtuais é réu por hackear banco e desviar R$ 30 milhões | Rio Grande do Sul

Suspeito de estelionato em rifas virtuais é réu por hackear banco e desviar R$ 30 milhões | Rio Grande do Sul

Anderson Boneti, sócio de Nego Di, é preso pela Polícia Civil — Foto: Polícia Civil/Divulgação

De acordo com a denúncia feita em 2021 Ministério Público (MP), Boneti e outros sete réus lesaram a Metalúrgica Gerdau em R$ 30 milhões após burlarem o sistema de segurança digital do Banco Santander. A acusação diz que o dinheiro desviado seria lavado em forma de criptomoedas (entenda, abaixo, como funcionava o esquema, segundo o MP).

O advogado Julio Cezar Coitinho Júnior, que representa Boneti nesta ação, afirma que seu cliente e outras pessoas operavam com criptomoedas, mas que teriam sido vítimas de um hacker responsável pelo desvio do dinheiro da metalúrgica.

“Foi feita a venda de bitcoins, que era uma operação rotineira da empresa [de Boneti]. Nessa venda de bitcoins, posteriormente eles vieram a saber que havia sido hackeado esse dinheiro. Entendo que os meus clientes, nesse caso específico, foram vítimas e não tiveram qualquer participação”, diz.

O advogado não representa o acusado no caso em que Boneti e Nego Di são réus por estelionato. Procurados, o Santander e a Gerdau não quiseram comentar o caso.

“Exerciam o comando operacional da organização criminosa, além de serem os destinatários diretos e indiretos da maior parte dos valores identificados como subtraídos das contas”, diz um trecho da denúncia.

A promotoria ainda sustenta que Boneti também atuava na conversão dos valores em criptomoedas. A lavagem de dinheiro tinha como objetivo, conforme o MP, “dificultar a determinação da origem, movimentação e localização das quantias de forma ilícita por eles e pelos comparsas”.

Em abril de 2021, a Justiça aceitou a denúncia e transformou, em réus, oito acusados de envolvimento no esquema. Entre os denunciados, está ex-jogador de futebol Anderson, que atuou em Grêmio e Internacional. O advogado Julio Cezar Coitinho Júnior também representa o atleta, e afirma que

Conforme o Tribunal de Justiça do RS, o banco conseguiu recuperar quase metade do valor. Atualmente, o processo está em fase de instrução, etapa na qual são produzidas as provas e efetuadas as apurações necessárias para solucionar dúvidas do caso. Uma audiência está prevista para ocorrer em setembro.

MP faz operação contra esquema que desviou milhões de reais — Foto: Divulgação/MP-RS



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